Jéssica Pichone, professora de música, orientou os trabalhos dos alunos de forma remota
Como 134 atrações e um grande alcance de público, a Feira da Onda online cumpriu o objetivo de incentivar o desenvolvimento dos alunos e tornar mais conhecido o trabalho do Centro de Formação Artística de Rio das Ostras. Em sua versão virtual, o tradicional evento alcançou cerca de 27 mil visualizações em apenas uma semana. O excelente resultado motivou a direção da escola a produzir uma nova edição, que deve acontecer no segundo semestre.
Também conhecido como Onda, o Centro de Formação é uma unidade da Fundação Rio das Ostras de Cultura que oferece cursos técnicos, básicos e livres de música, dança e teatro. Entre as realizações da escola está a Feira da Onda, que fecha o primeiro semestre. Em sua primeira versão virtual e com o tema "Meu processo de criação na quarentena", o evento foi ao ar entre 6 e 10 de julho. Quem não conferiu, ainda pode acessar os vídeos no endereço https://www.facebook.com/frcriodasostras1997.
"Nossos alunos se envolveram muito nesse primeiro processo, produzindo de forma experimental. Então, entre as atividades pedagógicas virtuais que já disponibilizamos para eles, decidimos trazer informações e conteúdos sobre recursos digitais, gravação, edição de vídeos e utilização de redes sociais. Dessa forma poderemos ampliar a participação na segunda Feira da Onda online", contou Fabiana Nagib, diretora adjunta do Centro de Formação Artística.
Segundo a diretora, o grande sucesso da Feira da Onda foi possível graças à dedicação de todo o corpo docente. "Foi fundamental o empenho dos professores que, nesse formato remoto, tiveram que se reinventar e adaptar. A dedicação deles foi intensa, tanto na orientação como no encorajamento dos alunos que, com a participação no evento online, puderam ressignificar o momento da quarentena", destacou Fabiana.
Os docentes também enfatizam a importância da parceria para a realização do evento. "A direção e coordenação escolar nos deram todo suporte e direcionamento, e nós, professores, nos empenhamos para incentivar e orientar os estudantes com seus trabalhos. Nossos alunos, principais estrelas da Feira, nos surpreenderam com grande empenho e brilhantismo nas apresentações", elogiou Jéssica Pichone, que leciona no curso de música da Onda.
GRANDE ALCANCE - A presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura, Cristiane Régis, avaliou a Feira da Onda online como uma proposta inovadora e adequada para o momento de crise gerado pela pandemia. "Conseguimos atingir pessoas que nunca assistiram às apresentações presenciais no Centro de Formação. Algumas delas, inclusive, desconheciam todo esse trabalho lindo que é realizado nos cursos de dança, música e teatro, que descobrem e ajudam a desenvolver muitos talentos", enfatizou.
Para os alunos, a versão online da Feira gerou novos aprendizados e experiências. "Eu achei bem legal e diferente ao mesmo tempo. Foi uma substituição daquele nervosismo de tocar ao vivo pela dificuldade de gravar o vídeo. Quando eu me apresentava presencialmente, não fazia ideia de quantas pessoas assistiam. Agora tenho como acompanhar as visualizações. Gostei especialmente por que meus irmãos, que moram longe, puderam me assistir tocando", relembrou Bernardo Nogueira Alves, de 15 anos, que cursa o 4º ano básico de piano.
Muitos pais elogiaram o novo formato, que possibilitou acompanhar todo o processo de produção dos filhos e ainda assistir a um maior número de trabalhos. "Gostei muito de ter participado da produção do vídeo junto com Bernardo, ouvindo tantas e tantas vezes e gravando e regravando. Embora ele tenha me dito que na versão online faltou aquele friozinho na barriga, a presença da plateia, ficou muito emocionado. Eu amei e me emocionei com cada apresentação que consegui acompanhar. Ver os alunos superando a timidez para mostrar sua arte com alegria, criatividade e coragem foi fantástico", afirmou Renata Nogueira Alves.
Os 134 trabalhos da Feira da Onda online envolveram 200 alunos com produções individuais e em grupo. Nesse último caso, cada integrante gravou a própria participação, reunida às demais na edição do vídeo. Foram 59 projetos do curso de música, 46 de teatro e 29 de dança, sendo que os estudantes também se expressaram por meio de fotografias e artes visuais. Todos os vídeos foram feitos em casa, durante o período da quarentena devido à pandemia do coronavírus (Covid-19) e tiveram a orientação de um professor.